Dia de Doar 2025

PT/EN

Postado em 12/12/2025

A diminuição da pobreza no Brasil: o que dizem os indicadores sociais

Vevila Dornelles

Tempo de leitura: 3 min

Você já imaginou como seria viver com menos de R$ 24 por dia? No Brasil, 23,1% da população vive na pobreza, que é ainda mais extrema entre os 3,5% de brasileiros que vivem com menos de R$ 8 por dia. Estes dados, que ilustram a desigualdade social e econômica, são um dos resultados da Síntese de Indicadores Sociais publicada pelo IBGE no início do mês de dezembro.

Se os números atuais dão o que pensar, é ainda mais impressionante saber que há pouco tempo a situação era pior. Entre 2023 e 2024, a proporção de brasileiros vivendo na pobreza reduziu 4,1 pontos percentuais, enquanto a população em extrema pobreza recuou 0,9 ponto percentual. Estes percentuais podem parecer modestos, mas as cifras totais representam um grande avanço no combate à pobreza: 8,6 milhões de pessoas saíram da pobreza, e quase 2 milhões da extrema pobreza, contabilizando mais de 10,5 milhões de brasileiros cuja vida melhorou significativamente.

Programas sociais e o recuo constante da pobreza extrema

Desde o início da pandemia de COVID-19, quando 36,8% dos brasileiros enfrentavam esta condição, o percentual de pessoas vivendo na pobreza tem caído consistentemente a cada ano em nosso país. Os resultados apontam a importância dos programas sociais e das leis de proteção ao trabalhador para a redução da pobreza no Brasil, em contraste com a persistência desta condição entre estratos populacionais historicamente afetados, como pretos e pardos, mulheres e idosos.

O papel da doebem na mitigação da pobreza e da desigualdade social

Do ponto de vista do trabalho das organizações da sociedade civil, no entanto, estes resultados sublinham as lacunas nas quais podemos e devemos contribuir para o fim da pobreza e para a mitigação de suas consequências socioeconômicas, ambientais, políticas e de saúde. Em sua primeira esteira de pesquisa, que se iniciou em 2022 e está terminando agora, a doebem olhou para a pobreza como fundamento para conhecer e apontar caminhos para a solução de suas mais urgentes consequências - a fome, a insegurança hídrica e as doenças não-transmissíveis. Nosso trabalho nos mostrou que, muitas vezes, uma iniciativa simples e de baixo custo pode mudar a vida de famílias inteiras, evitando adoecimento por causas preveníveis e permitindo que as pessoas passem mais tempo na escola, dediquem-se a atividades remuneradas, e fortaleçam seus laços culturais e comunitários.

Tecnologias e saberes locais contra a desigualdade regional

A síntese publicada pelo IBGE destaca as já conhecidas desigualdades regionais que se expressam também nas taxas de pobreza e índices de rendimento domiciliar per capita. Comparativamente, as regiões Norte e Nordeste sentem mais o impacto positivo dos benefícios sociais do que as regiões Sul e Sudeste; para a população daquelas regiões, o risco da fome, da insegurança hídrica e do desemprego é mais alto e, suas consequências, mais graves. Estes resultados reforçam a importância de desenvolver iniciativas eficazes a partir das comunidades beneficiadas que, com a força das tecnologias e dos saberes locais, promovem um olhar para além da desigualdade social.

Gerando impacto real: a estratégia da doebem no combate à pobreza

Ao construir parcerias com organizações altamente eficazes de diversas regiões do Brasil, a doebem busca gerar impacto real ao menor custo possível, apoiando iniciativas locais replicáveis e escaláveis que ajudem a preencher as lacunas deixadas pelos desafios históricos do combate à pobreza.

O Brasil tem dado passos importantes rumo ao fim da pobreza, mas este objetivo ainda está distante. A doebem acredita no trabalho das organizações parceiras e em sua expertise comprovada para eliminar do mapa as cicatrizes da desigualdade social e econômica em nosso país, contribuindo para que cada vez mais pessoas tenham acesso a uma vida digna e plena.